O primeiro relato sobre este tipo de demência foi feito por Alois Alzheimer no começo do século XX ao descrever detalhes sobre alterações cognitivas e comportamentais de seus pacientes.
A doença de Alzheimer é a mais comum das doenças que resultam em demência, porém não é a única. Demência vascular, processos neoplásicos, hidrocefalia, deficiência de vitamina B12, neurossífilis e mal de Parkinson são alguns outros exemplos, porém menos frequentes.
Os Sintomas:
A origem da doença de Alzheimer é pouco conhecida, porém novas informações vêm sendo descobertas após múltiplas pesquisas. Atualmente é possível mapear as regiões do cérebro com alterações, mas os fatores desencadeantes da doença ainda são motivos para estudos.
A evolução da doença pode se dar ao longo de vários anos e cada paciente apresenta suas particularidades.
Os sintomas são detectados, na maioria dos casos, pelos familiares, que se queixam que o paciente se esquece de fatos recentes, repete frequentemente as mesmas palavras ou frases, apresenta desorientação no tempo, em datas e lugares. Também é possível notar limitações na realização das tarefas que antes eram corriqueiras (alteração funcional progressiva).
A princípio, essas alterações são consideradas leves e sutis, mas progridem com o passar do tempo, mesmo quando a atenção do paciente é estimulada.
Alterações na fala, no reconhecimento de objetos, nas habilidades motoras e o esquecimento de fatos antigos já consolidados na memória remetem à fase mais avançada da doença.
A Gravidade:
A doença de Alzheimer é uma patologia neurodegenerativa de caráter progressivo. Afeta principalmente a memória, a orientação temporal e espacial, a capacidade para abstração, a realização de cálculos, podendo também alterar a parte afetiva e comportamental, gerando depressão, agitação psicomotora e até mesmo a agressividade.
Todo o ambiente familiar é impactado e passa a sofrer as consequências da perda da autonomia e independência do paciente.
O Tratamento:
Por se tratar de um processo altamente incapacitante, o diagnóstico e o tratamento amplo devem ser feitos precocemente. O diagnóstico é pautado principalmente pela história clínica, apoiado por testes neuropsicológicos.
Assistência precoce com fisioterapia, terapia ocupacional e avaliações médicas frequentes são recomendadas. Já o acompanhamento nutricional, de fonoaudiologia e o auxílio de outros profissionais são recomendados à medida que limitações aparecem.
Quanto à medicação, os estudos mostram a atuação de várias drogas, no sentido de colaborar com apoio multidisciplinar (medidas não medicamentosas) na manutenção da funcionalidade do paciente; no controle dos sintomas afetivos e das alterações comportamentais, auxiliando na diminuição da agitação psicomotora, como insônia e agressividade; na diminuição da evolução da doença.
Ou seja, desde os primeiros sintomas, é importante procurar o médico para que este possa determinar as formas de diagnóstico e eventual tratamento.
Orientações sobre a Doença de Alzheimer:
Estima-se que existam cerca de 15 milhões de pessoas com a doença de Alzheimer no mundo e o envelhecimento populacional atual é acompanhado da progressão do número de casos. Pessoas com idade de 60 a 65 anos representam 0,7% da população com a doença, evoluindo para 38,6% aos 90 anos.
É importante ressaltar que, diante de um acompanhamento médico multidisciplinar, é possível proporcionar longo tempo de vida ao paciente, com qualidade e funcionalidade razoáveis, caso a caso.